Produtos frescos contam com tecnologia e inovação na corrida contra o relógio para garantir qualidade do campo à mesa

Produtos frescos contam com tecnologia e inovação na corrida contra o relógio para garantir qualidade do campo à mesa

A capacidade produtiva de alimentos do Brasil é exemplo para o mundo. Segundo dados divulgados no ano passado pelo BTG Pactual, o país tem potencial para alimentar cerca de 900 milhões de pessoas em todo o mundo. Mas, quando se trata de produtos perecíveis, como frutas, legumes, verduras e ovos, o principal desafio não está na quantidade produzida, e sim no tempo. Nesses casos, a rapidez entre colheita e o consumo é o que garante que esses alimentos cheguem ao consumidor frescos, com qualidade e com o mínimo de perdas.

Para lidar com tantas variáveis, especialmente o clima, o setor tem apostado em inovação. Do momento em que o alimento é colhido até sua chegada ao ponto de venda e, posteriormente, à mesa do consumidor, cada minuto conta. Variações de temperatura, umidade ou falhas no transporte podem comprometer toda a operação. É por isso que tecnologias voltadas para monitoramento, logística e refrigeração vêm sendo incorporadas em todas as etapas, ajudando a reduzir perdas e melhorar a eficiência.

Há um esforço constante para desenvolver variedades das mais diversas culturas com  resultados importantes: cultivares mais resistentes a pragas, doenças e aos estresses climáticos. Sensores instalados no solo ajudam a entender com precisão o que a planta precisa, drones sobrevoam as áreas para identificar problemas antes que eles se espalhem e sistemas de irrigação automatizados garantem o uso racional da água.

Esses avanços, combinados com a adoção cada vez maior de bioinsumos, que registram um avanço de 13% na safra 2024/2025 e uma média anual de 22% nos últimos três anos, refletem um movimento integrado rumo a uma agricultura mais sustentável e eficiente, em que inovação e práticas conscientes se reforçam mutuamente.

O impacto dessa transformação vai além dos grandes produtores. No dia a dia do campo, muitos pequenos e médios agricultores, especialmente os que atuam em cooperativas, têm adotado novas ferramentas com um objetivo claro: produzir melhor, perder menos e construir relações mais transparentes com o mercado. Já nas redes varejistas, dos hipermercados aos hortifrutis, climatização e refrigeração tem cada vez mais estado nas pautas como essesnciais para a melhoria dos resultados.

Nos pontos de venda, o layout das gôndolas é planejado para garantir boa ventilação, além de evitar o empilhamento excessivo e facilitar o giro dos itens mais frescos. A capacitação das equipes também têm ganhado espaço, com treinamentos voltados ao manuseio adequado dos alimentos, higienização dos displays e monitoramento da temperatura.

Entre os produtos frescos, não é difícil encontrar itens com selos de rastreabilidade. Saber de onde vem o alimento, como ele foi produzido e por onde passou até chegar à mesa, também gera confiança e reforça a relação entre quem produz e quem consome. Mais do que atender a uma demanda do mercado, essa transparência fortalece o setor como um todo e valoriza o trabalho de quem está na ponta da produção.

O que se vê no setor de frutas, legumes, verduras e ovos não é só adaptação, mas uma virada de chave. A junção entre tecnologia e alimento seguro vem dando ao Brasil condições de atender à crescente demanda por alimentos frescos, com mais qualidade, menos desperdício e mais cuidado com o meio ambiente. Um caminho que conecta inovação, prática e propósito, da terra até a mesa.

*Valeska Oliveira Ciré é Country Manager da International Fresh Produce Association (IFPA) e Head de Produtos na Francal, realizadoras da The Brazil Conference & Expo.

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